
Cada vez mais nota-se que, na ciência da alimentação, os mitos se propagam rapidamente. Em sua maioria, usam princípios da propagação veloz da noticia, com a negação de uma verdade comum, aceita por muito tempo – NÃO DEVEMOS COMER PÃO, PAREM DE TOMAR LEITE, NÃO DEVEMOS SER VACINADOS!
Os propagadores do mito se valem de uma ciência, claro! Mas de uma ciência específica, para uma minoria, que de forma irresponsável é generalizada para uma audiência maior.
Em geral sua procedência é de uma crença baseada em experiências pessoais, no calor da ideologia, e dos valores que fazem sentido para sua vida. E contra isso, não há razão, não há diálogo, resultando na construção de pseudoverdades generalizadas, com interlocutores idealistas e fanáticos por suas ideias.
Neste cenário há pouco espaço para conversas ponderadas e escuta racional. Resultado: estes dragões proliferam seu fogo e inibem cada vez mais a voz de especialistas que há anos estudam um determinado assunto. Não seria a hora destes profissionais sérios saírem do anonimato e ganharem as mídias sociais?