Economia comportamental e comportamento alimentar qual a relação? A economia neoclássica sempre buscou entender nossas decisões considerando que os agentes que decidem (nós!), as fazem de modo racional. 

Nessa perspectiva, ao decidir por comer pequenos bombons que estão na minha frente, haveria uma avaliação minuciosa considerando todos os prós e contras da decisão, até que o caminho fosse escolhido “racionalmente”.

Sabemos que mesmo chegando à conclusão de que o chocolate não seria o melhor para o momento, poderíamos acabar comendo.

São estas situações que tanto a economia neoclássica, como a nutrição tiveram dificuldades de responder por certo tempo.  O ramo denominado Economia Comportamental busca entender justamente por que certas decisões fogem daquilo que “planejamos”.

Ao se aproximar da psicologia, a economia comportamental, assim como outras áreas que se ocupam em compreender o comportamento humano, buscam respostas às decisões que “fogem do esperado”.

Muitas decisões fogem ao tal “esperado”. A influência dos outros, outras dicas dispersas no ambiente, regras que nos autoimpomos em decorrência da cultura e que moldam nossas formas de pensar, “influências viscerais” – termo que designa o impacto dos estados biológicos como o jejum, em nossas decisões.  Tudo isso em conjunto pode mudar decisões sem que saibamos.

Assim como o amplo entendimento do comportamento alimentar, a economia comportamental também contribui para entendermos o cenário de nossas decisões. Ao nos aproximarmos destas ciências, temos mais ferramentas para “arquitetar” junto dos pacientes “empurrõezinhos”, ou seja, facilitações em suas rotinas que favoreçam escolhas conscientes. 

Não a partir de uma suposta “racionalidade ilimitada”, mas pelo conhecimento do contexto alimentar: o que se pensa em relação àquela refeição ou alimento, quais as barreiras no ambiente para a decisão, qual valor atribuo para aquele alimento na ocasião?  

A decisão passará então a ser ditada não por uma regra racionalizada de “coma isso e não aquilo”, mas porque, ao conhecer bem o cenário em que me encontro e a mim mesmo, tenho habilidades para tomar a melhor decisão, seja para comer mais salada no jantar, seja para optar conscientemente por uma sobremesa.

Especial por:

César Moraes

Referência

Moraes, C.H.C; CYRILLO, D. C. ; OLIVA, B. . Economia comportamental e comportamento alimentar. In: Alvarenga, Marle; Dahás, Liane; Moraes, César. (Org.). Ciência do Comportamento Alimentar. 1ed.Santana de Parnaíba: Manole, 2021, v. , p. 244-268.

 

 

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